Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. O distúrbio é mais comum no sexo feminino e apesar de acometer mulheres de todas as idades é mais frequente a partir da quinta ou sexta década de vida, sendo diagnosticada em aproximadamente 72% das mulheres com mais de 50 anos e 37% em mulheres com mais de 30 anos. O grande problema dessa patologia é que ela não melhora com o passar do tempo, pelo contrário, só tende à piorar, tornando os vazamentos cada vez frequentes. Portanto, as manchas de umidade na roupa e odores desagradáveis só aumentarão.
Para a maioria das pacientes, a incontinência não é apenas um problema médico, ele vai muito além, pois também afeta o seu bem-estar emocional, psicológico e social. Muitas mulheres deixam de realizar atividades cotidianas que possam afastá-las do banheiro por algum tempo e acabam se isolando das atividades sociais.
Uma outra questão muito importante relacionada à incontinência é o fato de que essa patologia favorece um ambiente úmido e quente da região íntima e a microflora patogênica se multiplica rapidamente facilitando as infecções urinárias.
A incontinência urinária é multifatorial, ou seja, existem diversos fatores que contribuem para essa condição:
Infecções urinárias ou vaginais.
Efeitos colaterais de medicamentos.
Constipação intestinal.
Fraqueza da musculatura do assoalho pélvico.
Doenças que afetam os nervos ou músculos
Atividades físicas de impacto
Gestações e tipos de parto
Aumento de peso
Alguns tipos de cirurgia ginecológica e outras
Tipos de incontinência
Incontinência de esforço – Está relacionada a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico e à incapacidade de dar sustentação aos órgãos pélvicos e suportar os aumentos de pressão abdominal. Assim, podem ocorrer vazamentos de urina ao realizar quaisquer atividades que gerem um aumento da pressão abdominal como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar.
Incontinência de urgência – É perda involuntária de urina associada a uma vontade urgente e muitas vezes incontrolável de urinar. Na prática, a urgência caracteriza-se por um aumento da frequência urinária e a necessidade de manter a bexiga sempre vazia para diminuir as chances de vazamentos.
Incontinência por regurgitação/extravasamento- Perdas involuntárias de urina que ocorrem quando o volume de urina acumulado dentro da bexiga supera a capacidade do esfíncter de se manter contraído e evitar perdas urinárias.
Incontinência funcional- São as perdas involuntárias relacionadas à situações que dificultam o deslocamento, a mobilidade ou a coordenação das ações como nas doenças de Parkinson, nas Demências ou no Alzheimer por exemplo. Nestes casos não há necessariamente um comprometimento da função da bexiga ou do esfíncter.
Incontinência noturna ou enurese- Perdas involuntárias que ocorrem durante o sono da pessoa. É mais comum em crianças apesar de acontecer em adultos também. A enurese está presente em aproximadamente 15% das crianças com idade de 5 anos e essa porcentagem tende a diminuir com o passar dos anos.
Incontinência Mista: É frequente a coexistência da incontinência de esforço e de urgência na mesma pessoa, o caracteriza a incontinência mista.
Apesar de comum e de haver alternativas tanto para prevenir como para amenizar e tratar essa condição tão limitante e constrangedora, a verdade é que, por vergonha ou por falta de informações a respeito muitas mulheres se calam e não buscam ajuda.
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