Geralmente, se pensa que o ato de hidratar o organismo é simplesmente tomar água para suprir a quantidade perdida. Todo mundo já ouviu, "você deve tomar água". Não tirando o mérito desta recomendação, a hidratação só é eficiente quando esta água tem a capacidade de entrar nas células.
Para isso, precisamos lembrar das aulas de química, quando aprendemos sobre os solutos e os solventes. Solutos são substâncias dissolvidas em um solvente, sendo a água considerada o solvente universal. Por exemplo, na água com sal, o sal é um soluto e a água um solvente (que dissolve o soluto). Então, onde quer que a água vá no nosso organismo, ela ajuda no transporte e distribuição dos solutos do corpo. Estão aí incluídos nutrientes, como vitaminas e minerais, para todas as células, bem como o transporte e eliminação de toxinas (participando da intoxicação e desintoxicação).
A natureza busca o equilíbrio, e o equilíbrio da osmolaridade é quando as quantidades de solutos e solventes estão balanceadas. Nosso corpo é sábio e controla perfeitamente essa concentração osmótica, principalmente através da sede e da diurese.
Tipos de desidratação
Dependendo do desequilíbrio entre as quantidades de água e de eletrólitos, a desidratação recebe diferentes nomes:
– Desidratação hipertônica: Quando o corpo perde mais água que eletrólitos. Menos frequente, esta desidratação pode ocorrer devido a ingestão de solução hipertônica ou à ocorrência de diabetes, cetoacidose diabética, diuréticos osmóticos, entre outras doenças. O diagnóstico inclui o aumento no nível de sódio no sangue (hipernatremia) e o “espessamento” sanguíneo.
– Desidratação isotônica: Quando o corpo perde a mesma quantidade de água e eletrólitos, podendo acontecer em quadros de diarréia e vômitos. Como a perda é igual, vamos ter sinais de desidratação, mas sem alterar a osmolaridade sanguínea e o nível de sódio no sangue.
- Desidratação hipotônica: Quando o corpo perde mais eletrólitos que água. Normalmente é causada por sudorese excessiva ou diarréia intensa. No sangue a osmolaridade estará baixa, e o nível de sódio também.
Grupos de pessoas com maior risco de desidratação
- Bebês e crianças;
- Gestantes e lactantes;
- Idosos – inclusive, em alguns casos, a simples perda de apenas 2 a 3% do fluido corporal, é diagnosticada como desidratação leve, podendo causar comprometimento físico e cognitivo;
- Diabéticos.
Eletrólitos e minerais importantes na composição da água
Cálcio = desenvolvimento ósseo e regulação da contração muscular.
Magnésio = participa da formação óssea, atividades nervosas e musculares, metabolismo lipídico, síntese proteica e proteção cardiovascular.
Potássio = regulação do metabolismo celular.
Sódio = regula a permeabilidade celular e equilíbrio hídrico, participando na produção de energia e promovendo a entrada dos nutrientes nas células.
Manganês = participa da síntese de várias enzimas envolvidas no metabolismo de proteínas e açúcares, atua no desenvolvimento ósseo, intervém no aproveitamento do cálcio, fósforo e vitamina B1.
Cromo = tem relação com reações enzimáticas envolvidas no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas.
Fósforo = é usado na sinalização nervosa, batimento cardíaco e é necessário para o crescimento, manutenção e reparo de células e tecidos.
Cloro = atua na formação de sucos digestivos para o processo de digestão e ajuda a manter os tendões e articulações saudáveis.
Fontes de hidratação
- água mineral;
- isotônicos;
- água de coco natural;
- frutas e vegetais;
- sais não refinados;
- águas saborizadas com sabores naturais. Ex. Pedaços de gengibre, folhas de menta, cascas de laranja e limão.
Fonte: 14º. Edição revista – Essentia Pharma
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